ANO 2018 N.º 2
ISSN 2182-9845
Juliana Visentin Ferreira Marreco
Sanções; Comércio Internacional; Direito Internacional Privado; Criptomoedas.
Os embargos econômicos impostos por governos estrangeiros foram criados como um sistema de medidas capazes de barrar transações financeiras que de alguma forma beneficiassem governos ou pessoas acusadas de atos contra a comunidade internacional. Fugindo ao seu propósito inicial, os tempos impuseram um caráter político ao que inicialmente era um assunto essencialmente econômico, criando uma rede de decretos executivos que embarreiram e cercam o mercado internacional de capitais, levando sua abrangência muito além de suas fronteiras. O presente estudo apresenta os principais pontos sobre quais são estas medidas e seu real efeito até mesmo para os negócios jurídicos firmados no Brasil, entre partes que aparentemente não seriam expostas a seus efeitos. Serão abordadas as definições do que são de fato as sanções, quais os mecanismos legislativos a que as legitimam, como cada bloco econômico vem adotando as suas próprias medidas, quais os principais impasses e, principalmente, como acharam formas modernas e engenhosas de contorná-las.
1. Introdução
2. Das sanções internacionais
2.1. Visão geral sobre os embargos econômicos internacionais
2.2. As sanções norte-americanas e as punições da OFAC
2.3. As sanções e impasses das Nações Unidas
2.4. Embargos na União Europeia e seu relacionamento com a Rússia
2.5. Sanções Norte Coreanas – Ameaças Nucleares
2.6. Catalunha e as possíveis sanções sobre o movimento separatista
3. Métodos e casos reais envolvendo sanções
3.1. O Caso do Campo de Rhum
3.2. Exxon Mobil e o Petróleo na Crimeia
3.3. Os Bitcoins no Irã
3.4. Bitcoins como nova forma de economia mundial e seus efeitos em sanções recentes
4. Conclusões: o tripé entre expectativa, realidade e o que podemos fazer diferente
Referências bibliográficas