ANO 2022
ISBN 9789587908251
Alfredo Ferrante
direito civil; street art; propriedade intelectual
RESUMO (português)
A monografia visa identificar quem pode ser considerado o proprietário de uma obra de arte de rua produzida de forma não autorizada num meio privado.
Através de dois tipos de comparação, um sincrónico e o outro diacrónico, analisa um fenómeno que, embora esteja cada vez mais consolidado na realidade social, ainda não tem uma regulamentação ad hoc dentro do panorama do direito privado.
Desta forma, por um lado, são analisadas as diferenças e semelhanças existentes no que respeita ao tratamento dado à tabula picta no Direito Romano. Por outro lado, descobre os possíveis obstáculos que podem surgir da aplicação dos regulamentos em vigor ao fenómeno em quatro modelos legais semelhantes mas diferentes: o espanhol, o português, o brasileiro e o modelo chileno-colombiano predisposto por Andrés Bello.
O estudo analisa as diferentes variáveis que resultam da aquisição da propriedade da obra sob três aspectos: especificação, adesão e ocupação, examinando a sua inter-relação e notando a sua diferente operacionalidade nos quatro modelos tomados como referência.
O autor concentrou a sua obra no estudo da propriedade e, por conseguinte, para além do esboço necessário para contextualizar o fenómeno, os aspectos relacionados com a propriedade intelectual da obra, a sua exploração ou direitos morais não são tratados.
O trabalho pretende ser uma contribuição que ajude a reflectir criticamente sobre um assunto que está a tornar-se cada vez mais relevante e em constante evolução. O rigor científico com que é caracterizado torna-o de indubitável interesse para académicos, advogados, estudantes e juristas.
RESUMO (espanhol)
La monografía pretende identificar quién puede considerarse propietario dominical de una obra de street art realizada de forma no autorizada sobre un soporte privado.
Mediante dos tipos de comparación, una sincrónica y otra diacrónica, se analiza un fenómeno que, aunque se va siempre más consolidadando en la realidad social, no tiene todavía una regulación ad hoc dentro del panorama del Derecho privado.
De esta manera, por un lado, se analizan las diferencias y semejanzas existentes con respecto al tratamiento dado a la tabula picta en el Derecho romano. Por otro lado, se desentrañan las posibles trabas que pueden nacer de la aplicación de las normativas vigentes al fenómeno en cuatro modelos jurídicos parecidos pero diferentes: el español, el portugués, el brasileño y el modelo chileno-colombiano predispuesto por Andrés Bello.
El estudio analiza las diferentes variables que surgen de la adquisición de la propiedad dominical de la obra bajo tres vertientes: especificación, accesión y ocupación, examinando su interrelación y constatando su diferente operatividad en los cuatro modelos tomados como referencia.
El autor ha centrado su trabajo en el estudio de la propiedad dominical, por lo tanto, salvo la realización de un esbozo necesario para la contextualización del fenómeno, no se tratan los aspectos relacionados con la propiedad intelectual de la obra, su explotación o los derechos morales.
La obra pretende ser una contribución que ayude a reflexionar criticamente sobre un tema que adquiere progresivamente relevancia y que está en constante evolución. El rigor científico con el que se caracteriza permite que sea de indudable interés para académicos, abogados, estudiantes y juristas.