ANO 2019 N.º 1

ISSN 2182-9845

A escravidão contemporânea no Brasil, seus “nomes” e a lista suja: (im)pactos e retrocessos

Anne Gabriele Alves Guimarães / Isabele Bandeira de Moraes D’Angelo

Palavras-chave

Escravidão contemporânea; Lista suja; Neoliberalismo; Precarização; Dumping social; Boicote.

Resumo

O presente estudo busca analisar o trabalho em condições análogas às de escravo, realizando um contraponto ao conceito de “trabalho decente” estabelecido pelas legislações trabalhistas internacionais. Dentro do contexto neoliberalista global e do processo capitalista produtivo, há a proposta de se investigar um instrumento no combate à escravidão contemporânea: a lista suja. Apesar das polêmicas em torno dela, acredita-se ser a mesma um meio eficaz para coibir práticas degradantes das capacidades laborais e da dignidade humana por exercer forte pressão sobre o mercado. A divulgação da lista suja acaba sendo antagônica às pretensões da elite empresarial, pois faz refletir sobre os sujeitos reprodutores de relações sociais dominantes, a saber, Estado, grandes corporações e mercado. Utiliza-se metodologia com viés exploratório e descritivo.

Sumário

1. Introdução
2. As crises recorrentes e seu papel de redefinir as formas de produção: precarização do trabalho e redução da subjetividade do trabalhador
3. O trabalho análogo ao de escravo no contexto brasileiro: um contraponto ao trabalho decente
4. A lista suja da escravidão contemporânea: (im)pactos e retrocessos
5. “Consentimento sem consentimento” e o controle da opinião pública
6. Conclusão
Referências
Lista das Ações Consultadas